O Aprendizado Híbrido - Educação 2022

 

O Aprendizado Híbrido

 

Dhennis Wheberth - Must University

 

A verdade a respeito do tempo em que estamos vivendo é que tem sido de muitas, muitas mudanças. E a maioria delas ocorrendo de forma muito repentina; de forma abrupta mesmo, como foi inclusive o aparecimento da Covid-19 pelo Corona vírus. Este já conhecido de algum tempo. Quem, pois, poderia prever, já em 2018, que alguns meses depois tudo estaria parado, tudo estaria com placas de impedimento. Quem poderia ter previsto tal fato, tal acontecimento? Quem poderia prever que poucos meses depois de inaugurado o ano de 2018/19 as pessoas não poderiam mais abraçar-se? Não poderiam mais dar um aperto de mão? Sim, tudo foi mudado de forma muito abrupta.

Fazendo uma retrospectiva de forma muito direta e simples, voltamos então àquele ano de 2018. Faculdades sendo abertas, concorrência a topo vapor, cursos e mais cursos sendo ofertados pelas unidades educacionais mundo afora e outros tantos sendo criados. Assim estávamos sem nos preocuparmos muito com qualquer outra coisa ou situação. Num repente, de forma crível, surge (made algum misterioso laboratório) um vírus que muda todo o cenário; nada mais do dia a dia seria comum, ou uma terrível necessidade de se adaptar ao “novo normal” batendo, sem prévio aviso, às nossas portas agora, anunciando a extrema e gritante necessidade de adaptação a um novo momento em que alunos que até então eram impedidos da utilização de aparelhos celulares em sala de aula (muitos destes até sendo disciplinados pelos professores e diretores pelo uso do aparelho), agora sendo orientados a fazerem dos aparelhos celulares, tablets e notebooks sua principal ferramenta de estudo, pois era necessário agora estar on-line, e não mais em sala de aula, pois o impedimento estava estampado na porta. Agora a presença em sala de aula para estudos torna-se algo proibido, nada de especial ou necessário. Contudo, quando tudo parecia emaranhado, começam então o surgimento das primeiras ideias, com o aproveitamento de alguns aplicativos e plataformas que já pertenciam ao mercado, mas sem estarem diretamente relacionados ao mundo estudantil. Plataformas formatadas para reuniões empresariais ou treinamento industrial que em espaço de bem poucos dias foram criadas ou adaptadas para o bom uso como se sala de aula fossem. Plataformas e projetos como Google Classroom, Moodle, Kindle, SimpleMind, YouTube, e outros tantos que chegaram para fazer muita diferença no meio educacional/educacional. Muitos deles, inclusive, elaborados pelas próprias instituições de ensino, e outros que de tão bons passaram a ser utilizados por tantas outras unidades, como é o caso do Google Classroom.

De uma forma um tanto particular, quero citar aqui o trabalho fantástico feito por um jovem ousado de nome Filipe Alves Cruz* (*citado com permissão). Sendo ele o responsável por uma simples plataforma para lançamentos de dados escolares, da Secretaria Municipal de Educação da cidade de Governador Valadares, no leste de Minas Gerais-Brasil, quando desafiado pela gritante necessidade que ora se apresentava por causa da pandemia, ele desenvolveu, com seus colegas de trabalho, em tempo hábil, a Plataforma de Educação Continuada (assim chamada), que em pouquíssimos meses alcançou a marca de mais de cem mil usuários. Isto numa cidade de cerca de 280.000 habitantes, segundo dados do IBGE (https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/governador-valadares/panorama); tremendo sucesso para algo que sequer existia poucos meses antes. Nesta plataforma (http://formacao.smedgv.com/) os alunos se conectam, fazem suas tarefas, comunicam com os professores, esclarecem dúvidas, participam de fóruns e chats, e os pais tem a liberdade de acompanhar o progresso dos filhos, assim como a liberdade de poderem (pais, alunos e professores) discordar e discutir determinadas situações ou ensinos que julguem necessário ou oportuno. Ou seja, temos neste, um caso de sucesso que pode ser copiado, pois apresentou-se como solução bem definida e bem arquitetada. Mais que isto, neste momento em que as aulas começam a voltar no formato presencial, mas que também surgem novas variantes da mesma Covid-19 geando novos impedimentos e temores, a plataforma (a exemplo de outras) continuará a ofertar o mesmo ensino de forma que todos os estudantes, perfeitos em saúde, impedidos por enfermidades ou situações ou convalescentes, poderão ter a mesma aula para que em nada fiquem para trás por uma ou outra razão. Além disto, a mesma plataforma citada oferece todas as aulas pelo site (plataforma) e ainda o faz também pela TV aberta em canal exclusivo. Podendo estes apresentar seus questionamentos pelos aplicativos, como WhatsApp ou Telegram, ou ainda em comunicação direta com a unidade educacional; de tal forma que nenhum aluno fica fora de alcance. Assim o ensino híbrido tem sido a âncora neste momento.

A grande verdade, e que não se pode negar, é que o ser humano mostrou mais uma vez o seu tremendo potencial de criação e também de adaptação, resgatando um mundo impedido por um vírus, numa baita oportunidade de crescimento e aparecimento de novas e surpreendentes formas de fazer o mesmo de antes, porém de forma nova, ousada e evoluída. Do nada, escolas particulares e secretarias de educação, como demonstrado, começaram em poucos dias, após a decretação da pandemia, a ofertarem suas alternativas para que nossos estudantes não imergissem no mundo do aluno sem luz, mas que pudessem, mesmo em meio à pandemia e ao impedimento das locomoções, ter acesso ao conteúdo antes postado em quadros de sala de aula; agora postados em mídias sociais e meio eletrônicos de comunicação, como nunca antes visto.

 

Dhennis Wheberth-Mestrando Must University

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