O NOME DE JESUS CRISTO


A ORIGEM DO NOME DE JESUS CRISTO

“JESUS” é um nome pessoal dado ao primeiro Filho de Maria, gerado por Deus através do Espírito Santo. Dado a outra pessoa não teria nenhum sentido especial além do sentido etimológico que a palavra contem. No caso de Jesus, o Filho de Deus, o sentido é SALVADOR, pois está escrito: “... e chamarás o seu nome JESUS, porque ele SALVARÁ o seu povo dos seus pecados”. Isto foi dito a José em Mateus 1:21, e também a Maria em Lucas 1:31[compare com Isaias 42:8].

Jesus, portanto, era o nome do homem filho de Maria, que precisava ser identificado por um nome. E, por causa do sentido etimológico que este nome contém, assim, por ordem divina, Ele foi nominado de Jesus. Na mesma época houve outros homens que receberam este nome, não obstante não receberam a mesma missão (a de morrer pela humanidade), e nem tiveram o mesmo privilégio: o de ser chamado “Unigênito de Deus”, e o de poder escolher a mãe pela qual queria vir ao mundo. Em Colossenses 4:11 está registrado sobre um discípulo também chamado Jesus, e apelidado de “o Justo”, homem este que muito auxiliou o apostolo Paulo em sua missão. Jesus é ainda uma imitação da palavra grega JESHUA, que é uma forma antiga da palavra hebraica JEHOSHUA, ou JOSHUA, que, por sua vez, tomou a forma moderna de JOSUÉ, que traduzido É “Jeová é Salvação”. Portanto, Jesus é o nome do homem; um nome comum, exceto para o seu caso específico, visto ser Ele o Filho de Deus.

*CRISTO OU MESSIAS. A palavra “CRISTO” vem do grego “CRISTHOS” e significa UNGIDO, e é correspondente à palavra hebraica MASHIYACH(=Messias), que tem o mesmo sentido, ou seja: UNGIDO. Quando então juntamos as duas palavras JESUS e CRISTO, temos: O SALVADOR UNGIDO. Salvador (=Jesus) Ungido (=Cristo).

Em todo o conteúdo do NT encontramos a expressão JESUS mais de 600 vezes, e o que seria a expressão completa JESUS CRISTO em torno de 70 vezes, Cristo Jesus em torno de 42 vezes, e a expressão Cristo (=Messias) em torno de 50 vezes. Detalhe interessante é que, nas epístolas e no apocalipse não é muito usado o nome pessoal (do homem) “Jesus”, e isto é bastante compreensivo, visto que neste período Ele já não estava mais presente entre os homens. Portanto, recebia agora uma referência de maior respeito, sempre chamado de SENHOR OU CRISTO.

Algumas passagens mostram o respeito e também a liberdade entre o Senhor Jesus e os seus discípulos. O respeito nós podemos ver quando da pergunta do Senhor sobre quem Ele era, e temos então a resposta do apostolo Pedro: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”, Mt 16:16. Uma completa demonstração de respeito. Vemos, ainda, no mesmo capítulo, a liberdade quando o Senhor pergunta sobre o que os homens diziam a respeito d’Ele, e os discípulos completam: “uns dizem ques tu és João Batista, outros Elias, e outros Jeremias ou um dos profetas (Mt 16:13,14), mostrando que o Senhor Jesus não tratava com tirania as suas ovelhas, sendo muito mais um amigo próximo a elas. Vemos ainda o respeito quando os discípulos disseram-lhe que sua mãe e seus irmãos O estavam esperando do lado de fora da casa querendo falar com Ele, e ele responde: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que obedecem ao meu Pai...” (Mc 3:31-35). E eles não o contestaram em sinal de respeito. Vemos ainda a liberdade quando diz que o apostolo João tinha a liberdade de recostar-se sobre o peito de Jesus (João 21:20).


O NASCIMENTO MIRACULOSO DE JESUS

Este assunto se torna mais tremendamente gostoso de se tratar neste presente tempo em vista de alguns acontecimentos atuais, como a clonagem, por exemplo. Os meios noticiosos, com alarde, têm falado a respeito da clonagem de ovelhas, de macacos, de vacas e, de repente, aparece um cientista meio maluco dizendo que vai montar um laboratório para clonar 500 bebês por ano; uma verdadeira “industria” de bebês. Mas o que é a clonagem que alardeia tanto o mundo, a ponto de governos se mobilizarem, em geral, contra a idéia, como o governo dos estados Unidos, por exemplo, que o fez de forma pública e radical? _____ A clonagem é uma técnica nem tão nova assim, visto que já pelos anos 80 se falava nela com alguma freqüência, mas que recentemente se avultou. Pela técnica da clonagem, um ser humano ou animal poder ser reproduzido a partir de uma única célula do "corpo-matriz", e a partir dai, via uterina, o novo ser é gerado com toda a semelhança da matriz. E antes que surja um outro louco dizendo por ai que Jesus foi apenas um clone de Maria produzido por algum gênio da época (já que Maria era virgem), nós iremos analisar algumas profecias a respeito do nascimento miraculoso de Jesus, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, para lançar, antecipadamente, tal idéia no mais profundo abismo.

1º) Já estava previsto, através do Profeta Isaias (7:14) que uma virgem conceberia; que seu filho seria do sexo masculino, e que o nome d'Éle seria Emmanuel (=Deus conosco - cpr. João 10:30), isto cerca de 700 a.C., fato que se cumpriu, conforme testifica Mateus 1:18-25;

2º) Em Miquéias 5:2 está clara a previsão do nascimento do Salvador da humanidade e Rei de Israel na cidade de Belém, que significa "Casa do Pão", que se cumpre conforme Lucas 2:4-7;

3º) O Espírito Santo já havia revelado a Simeão, servo do Senhor, que ele não morreria antes de ver o Salvador, e isto se cumpriu conforme Lucas 2:25-38.


E PORQUE FOI ASSIM?

1º) Para nascer como homem Jesus tinha que nascer de uma mulher;

2º) Para satisfazer a completa profecia sobre sua incorrupção (Salmos 22), Ele tinha que ser gerado pelo Espírito Santo, que não coaduna com a corrupção;

3º) Para Ele vencer o império da morte e ser Eterno, Ele tinha que ter Deus como Pai;

4º) Para ter a liberdade de uma criança normal, e ter um ofício a desenvolver na vida secular, Ele precisava de um homem que lhe fosse por pai na terra (José).

Diante de tudo isto, resta-nos estar atentos e vigilantes para não confundirmos as experiências que os homens produzem querendo ser deus, e a experiência de Deus com o homem através do seu Unigênito Filho. Cabe ainda compreender que os homens podem produzir um ser através dos seus laboratórios, e que o inimigo pode fazer o mesmo através dos homens e seus equipamentos, MAS SOMENTE JESUS PÔDE (E PODE) FAZER O SEU PRÓPRIO NASCIMENTO ATRAVÉS DE UMA MULHER QUE VEIO DEPOIS DELE, E QUE SEM ELE ELA NÃO TERIA SEQUER O DIREITO DE NASCER.


AS DUAS NATUREZAS DE CRISTO

“Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado. Hb 4:15

Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus. E todo o espírito que não confessa que Jesus Cristo veio em carne não é de Deus; mas este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e eis que já está no mundo”. 1ª João 4:2,3.


1º: SUA NATUREZA HUMANA

As Sagradas Escrituras apresentam o Cristo encarnado como possuidor de duas naturezas: a humana e a divina. E a igreja primitiva já admitia, sem contestação alguma, as duas naturezas de Cristo.

Alguns pontos que nos levam a ver, conhecer, entender, e crer na humanidade de Cristo são os fatos que com Ele se deram e, também, que O envolveram, e que veremos a seguir. Mas não podemos nos esquivar de entender que Ele teve e manifestou a natureza humana, e não a carnal, registrada em Gálatas 5:19-21:


  1. ELE TEVE UMA FAMÍLIA HUMANA: A primeira referência apontada pela Palavra de Deus é a sua genealogia, mostrando todos os seus ancestrais, começando por Ele mesmo e indo até Adão, o pai da humanidade, conforme está registrado em Lucas 3:23-38. Isto, além dos seus irmãos, filhos de José e Maria, que a bíblia faz questão de citar pelos nomes, que são: TIAGO, JOSÉ, SIMÃO E JUDAS, além das irmãs que a bíblia não relata os nomes (Mt 13:55,56);

  1. ELE TEVE UM NASCIMENTO HUMANO: Segundo as Escrituras, que não podem mentir, Ele nasceu de uma mulher como todo e qualquer ser humano, segundo Galatas 4:4. Fato este que é confirmado pelo seu nascimento virginal através de Maria (Mt 1:18-24). E, quando o Senhor Jesus é chamado de "filho de Davi", logo de imediato é dito que é "segundo a carne" (Rom 1:3). Ainda em Romanos 9:5 está escrito que Cristo é de Israel "segundo a carne".

Obs.: Quando a Bíblia relata o nascimento de Jesus da forma mais natural, e "segundo a carne" está, em verdade, anunciando o nascimento d'Aquele que foi prometido a Eva "...que esmagaria a cabeça da serpente"(Gn3:15).

  1. ELE TEVE UM DESENVOLVIMENTO HUMANO: Está registrado em Lucas (2: 40,42,47) que Ele crescia e se fortalecia como qualquer criança normal; registra ainda sua idade, que na época era de 12 anos; e ainda o registro do seu alto nível de inteligência e sabedoria;

  1. ELE POSSUIA ELEMENTOS ESSÊNCIAIS DA NATUREZA HUMANA: Ele possuía um corpo normal tanto antes da morte vicária (Lc 22:44 - João 19:33-34), como também após a ressurreição (Lc 24:39). Segundo o entendimento que nos dá a Palavra de Deus, pelo corpo e rosto cansado e sofrido, o Senhor Jesus apresentava, inclusive, ter mais idade do que na verdade tinha. Este é o entendimento a partir do registro de João 8:57. Isto, além do fato de ser conhecido como judeu (João4:9);

  1. ELE TINHA ALMA: "Então lhes disse: a minha alma está cheia de tristeza até a morte..."(Mt 26:38 - cpr. Ez 18 -todo- destaque: v. 4,20,32). Era portanto como qualquer ser-humano, possuindo também uma alma;

  1. ELE TINHA ESPÍRITO: "E Jesus, conhecendo logo em seu espírito..."(Mc 2:8). "Pai, nas tuas mãos entrego o meu Espírito..."(Lc 23:46). Pois está escrito "...o espírito volte a Deus que o deu..."(Ecl 12:7).

  1. ELE MANIFESTOU AS FRAQUEZAS COMUNS E NÃO PECAMINOSAS DE HOMEM: A palavra de Deus registra que Ele teve fome (Mt 4:2 - 21:18). Teve sede (João 19:28). Ficou cansado (João 4:6). Dormiu (Mt 8:24). Ensinou (At 1:2). Orou (João 17). E por fim, a palavra de Deus registra que Ele foi tentado (Mt 4:1 - cpr. Tiago 1:13 - Heb2:18 - 4:15).

  1. MESMO APÓS A SUA MORTE, ELE APRESENTOU-SE EM CORPO HUMANO: Em João 20:27 está registrado o encontro do Jesus ressurreto com os discípulos, e em particular sua conversa com Tomé, quando o Senhor Jesus lhe dá a liberdade de tocá-lo em suas feridas e costela ferida;

  1. ELE JULGARÁ O MUNDO NA CONDIÇÃO DE HOMEM PERFEITO, E NÃO DE DEUS: Em atos 17:31 está registrado que o Senhor Jesus julgará o mundo na condição de homem, e não na condição de Deus, isto para que ninguém se diga injustiçado. E não é em vão que está registrado que todo o joelho se dobrará diante de Jesus, conforme se registra em Romanos (14:11), Filipenses (2:10), e profetizado em Isaias (45:23), e ainda em Apocalipse 5:13,14.

2º: SUA NATUREZA DIVINA

Fica difícil entender de que modo e quando o Senhor Jesus teve consciência de que não era uma criança comum, no sentido de ter uma missão a cumprir, e que tinha um ministério a desenvolver em favor da humanidade. Mas o certo é que ele O fez, e já se aplicava ao ensinamento do que é santo e justo desde os seus doze anos de idade; portanto ainda adolescente, conforme veremos nos tópicos a seguir:


  1. JESUS TINHA CONCIÊNCIA DO TRABALHO A REALIZAR: A Bíblia relata que já aos doze anos Jesus, sem desrespeitar a autoridade dos pais, tomou posse de sua missão e já a cumpria à porta do templo (Lc 2:46-49). E quando próximo da morte, Jesus em agonia ora ao Pai, mas não lança fora a obra vicária que veio realizar: "...todavia não se faça a minha vontade (do Jesus homem), mas a tua (aquela que já havia sido combinada com o Pai na eternidade -veja Ap. 13:8 - Jó 33:24- "

  1. TINHA A CONSCIÊNCIA DE SER DEUS: Em João 10:30 Ele diz, sem reserva alguma, ser um com o próprio Deus: "Eu e o Pai somos um". Em João 17:21 Ele diz: "Para que todos sejam um, como Tú, ó Pai, o és em mim, e eu em Ti". E ainda em João 14:9 Ele diz: "...quem me vê a mim vê ao Pai". Portanto, o Senhor Jesus tinha plena consciência de que era (e é) Deus.

  1. PRERROGATIVAS DIVINAS DE JESUS: Jesus manifestou poder para perdoar pecados (Mc 2:5-10). Poder sobre a morte (João 11:37-44). Poder para multiplicar alimentos (Mt 14:14-21). Poder sobre a natureza (Mt 14:24-33). Poder sobre o reino maligno (Mc 16:17 ). Poder sobre os reinos humanos (João 19:11). Poder sobre os destinos dos homens (João 5:22 - Mt 25:31-46).

  1. A REINVIDICAÇÃO DIVINA DE JESUS: O Senhor Jesus foi taxativo ao dizer que qualquer que amasse outra pessoa mais do que a Ele não era digno d'Ele (Mt 10:27 - Lc 14:25-33);

  1. A FIRMEZA EM NÃO PACTUAR COM O PECADO: Em João 8:46 o Senhor Jesus faz um desafio aberto, e diz "quem dentre vós me convence de pecado?".


PORQUE JESUS TEVE QUE MORRER?

"Se Jesus não morresse os mortos de Cristo não herdariam vida na sua morte".

A primeira coisa que precisamos entender é que Jesus não morreu para fazer um espetáculo cênico teatral, nem mesmo morreu como mártir, nem tampouco morreu para mostrar que era "o poderoso". NÃO! Jesus morreu para resgatar os vivos da morte. Noutras palavras seria dizer que Jesus morreu para que eu e você, e todos os nossos antepassados crentes em Cristo, pudéssemos caminhar de cabeça erguida nesta vida, sabendo que cada dia vivido, ao contrário do mundo, nos aproximamos mais da vida; de um encontro com Cristo. Isto que certamente deve ser motivo de grande alegria para nós.

Deus na sua eterna sabedoria conhecia de antemão que nenhum ser na terra, em baixo da terra, ou em cima no céu, seria capaz de resgatar o homem da perdição. Pois o Senhor, quando ainda engendrava o homem, arquitetando a sua constituição, olhava o Senhor para os dias vindouros do homem e já o via caminhando para a morte e não para a vida; seguindo a corrupção e não à verdade. Deus, na verdade, por conhecer de antemão o caminho escolhido pelo homem, preparou desde a eternidade O PREÇO DO RESGATE: JESUS DE NAZARÉ! O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Demais disto, segundo a mesma palavra de Deus, se Jesus não tivesse tido a morte sacrificial como teve, nem mesmo sacerdote Ele poderia ser (Heb 8:4 q.v.), visto que era judeu (Jo 4:9 q.v.), e a linha sacerdotal era levítica e não judaica (Heb 7:11,14 q.v.).


PERGUNTAMOS:

  1. Como se cumpririam as profecias sobre Jesus vencer a morte se Ele não tivesse morrido? 1º Co 15:54-57 - Salmo 16:10
  2. Como Ele ressurgiria dos mortos? Atos 2:24 - Mt 28:1-10
  3. Com que autoridade Ele rasgaria a cédula da nossa dívida se Ele não tivesse autoridade sobre a morte, o inferno e o inimigo? Col 2:14


b) A MORTE DE JESUS FOI:

  1. VOLUNTÁRIA: João 10:17,18
  2. VICÁRIA(a favor de outros): 1º Pe 3:18
  3. SACRIFICIAL(como oblação pelo pecado): 1º Co 5:7
  4. PROPICIATÓRIA(favorecendo): 1º João 4:10
  5. REDENTORA(resgatando): Gl 4:4,5
  6. SUBSTITUTIVA(em lugar de outros): 1º Pe 2:24
  7. PRE-DETERMINADA: Atos 2:23 - Ap 13:8b


c) PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

1º) O sepulcro vazio: Lc 24:3 - Jo 20:1-9

2º) Diversas aparições entre a ressurreição e a ascensão: Mt 28 - Lc 24 -

Jo 20:11,19 - At 1:1-11 - 1º Co 15:4-8 . 6

3º) A transformação operada na vida dos discípulos: 1º Co 15:8-12 - Mc 14:66-72

(cpr.At 2:12-47) - At 3:1-15 - Rom 6:9

4º) Estabelecimento de novo dia memorial para adoração semanal:

João 20:1,19 - Mc 16:2 - At 2:42 - 20:7 - 1º Co 16:2 - Ap 1:10 (Hb 4:4-13 – Sl 92:2)

5º) O testemunho do próprio Cristo: Ap 1:1,17,18

OBS.: Enquanto o Senhor Jesus estava no seu ministério terreno, Ele respeitou o sábado (=a lei), somente estabelecendo novo dia após a sua ressurreição.


O VERBO ENCARNADO

(A LIGAÇÃO ENTRE O PAI, O FILHO E O ESPÍRITO SANTO)

Quando se fala na encarnação de Cristo fica uma "brisa" no ar. Afinal, quem encarnou? Quando o Apostolo João fala da encarnação do Verbo (1:1), ele está falando de uma pessoa em particular e não do Deus trino. Ou seja: fala da Segunda Pessoa da Trindade Divina; o Verbo (LOGOS no grego = Palavra).

Os pais da igreja usavam a expressão grega "LOGOS ASARKOS" (= A PALAVRA SEM CARNE) para designar Cristo antes da sua encarnação. Assim, depois de gerado pelo Espírito Santo no ventre de Maria por desígnio de Deus, o Pai, ele tornou-se simplesmente "LOGOS" (= A PALAVRA). Então o que precisamos compreender é que quando Cristo nasceu não foi Deus "A TRINDADE" que se fez carne, mas sim a Segunda Pessoa da Trindade "LOGOS", o Verbo, conforme relata o Apostolo João. E para melhor compreensão, vamos tomar o exemplo que segue:

1º) Imagine um homem deitado e de olhos abertos. Lá está ele; todos o vêem. Portanto ele existe e é;

2º) Imagine que ele agora se move de um lado para o outro. Portanto ele existe, é, e tem sentido de mover-se;

3º) Imagine que além de estar lá e mover-se, ele comece agora a falar. Ou seja, ele é completo em três pontos distintos. E assim foi: Deus não veio na sua totalidade habitar na carne, até mesmo porque a carne, que é criação d'Ele jamais poderia suportá-lo como um todo. Assim, Deus o Pai quis, Deus Espírito Santo gerou, e Deus o Filho encarnou.

Mas sendo assim, o céu ficou mudo e vazio da palavra sem a presença do Verbo? NÃO! De maneira nenhuma. Para melhor compreensão, vamos fazer um paralelo entre Cristo na terra, tendo deixado o céu, e a televisão, o video-fone, vídeo-celular e outros. Ao falar ao telefone, você não se transporta para o outro lado da "linha", mas apenas a fala (som; verbo - palavra) é que é transportada, e nem mesmo por isto quem está falando ficou sem fala onde está. Isto para o caso da voz. Mas também o repórter ao transmitir uma última notícia também não sai do seu país para trazer a notícia até você, mas a sua imagem é que é mostrada... Assim, Cristo era presente tanto na terra como no céu. Ou seja: a terra não ficou sem o Deus encarnado e também o céu não ficou sem o Verbo vivo (Jo 6:38 - Fil 2:7 - 2º Co 8:9 - 1º Jo 5:7).

E PORQUE ISTO?

1º) Para manifestar Deus aos homens: Jo 1:18 - 3:17,18 - 2º Co 4:6 - Heb 1:1,9

2º) Para manifestar o homem a Deus: Mt 3:17 - 17:5 - Is 42:1 - Dt 18:15

3º) Para destruir as obras do diabo: Jo 12:30-32

4º) Para assumir como Sumo Sacerdote: Heb 7:21-25 - 8:1,2 - 9:13-15 - 10:1-18


OS PARADOXOS DE CRISTO

  1. Ele teve fome: Mt 4:2
  2. Alimentou multidões: Mt 14:13-21 - 15:32-39 - Lc 5:1-11

  1. Ele teve sede: Jo 4:7 - 19:28
  2. Ele é a água da vida: Jo 4:14 - 7:37

  1. Ele foi tentado: Mt 4:3
  2. Livra-nos da tentação: 2º Pe 2:9 - Heb 2:8

  1. Foi fisicamente agredido: Mt 26:67
  2. Quando é o nosso socorro: At 26:22

  1. Foi caluniado: Mt 12:24 - Lc 23:39
  2. Quando é a nossa proteção: Lc 6:28

  1. Foi abandonado: Mt 26:56
  2. Quando nunca nos abandona: João 10:28

  1. Foi perseguido: Lc 19:47
  2. Quando nos socorre nas perseguições: 2º Co 4:8-10

  1. Foi morto (por nós): Mt 28
  2. Quando é o dono da vida: João 11:25 - 14:6

  1. Ficou enfermo: Mt 26:37,38 - Lc 22:44
  2. Quando é o dono da cura: Mc 16:17,18

  1. Foi desprezado pelos próprios irmãos (filhos de Maria): João 7:3-5 (J 2:12; J 7:2-10; Gl 1:19; Mt12:46-49; 1Co 9:5; Lc 8:19; At 1:14; Mt 13:55,56; Mc 3:21,33; Mc 6:3) Mc 1:30; At 21:4,5; At 21:8,9 – 1Co 9:5
  2. Quando não nos despreza jamais: João 6:37,39


A RELAÇÃO ENTRE JOÃO BATISTA E JESUS

Israel vivia a angústia do tempo em que Deus já não mais falava pela boca dos homens usando-os como profetas, tal o pecado e o desleixo em que os homens se encontravam. Nesta situação, era provavelmente o verão do ano 26 d. C (Lc 3:1-3), quando João, filho de Zacarias, começa o seu ministério, e a cumprir o que dele se achava ordenado pelo Senhor (Lc 1:76). João começa então a realizar o seu trabalho no estilo dos antigos profetas, mais precisamente no estilo do Profeta Elias (Mt 3 - Mc 1:1-8 - Lc 3:1-18 - Jo 1:19-36). O clamor de João era apenas um, e clamava em alto e bom som: "Arrependei-vos porque é chegado o Reino dos Céus"(Mt 3:2). E sobre ele está registrado que "percorreu toda a terra em redor do Jordão, pregando o batismo de arrependimento, para o perdão dos pecados"(Lc 3:3). Longo caminho, diga-se de passagem.

A contínua agonia em que o povo se encontrava, até mesmo a classe nobre, fez com que o Sinédrio enviasse a João Batista um grupo de inquiridores entre sacerdotes e levitas para questioná-lo sobre sua missão e se era ele o Cristo que havia de vir, quando ele responde que não era ele o Cristo, mas que o Cristo já estava entre eles ainda que eles não o pudessem conhecer (Jo 1:25,26 - cpr. Rom 11:8,10,25). Desta forma, o ministério de João Batista já durava aproximadamente 6 meses quando Jesus apareceu para ser batizado por ele (a mesma diferença entre a idade dos dois). Mas, como o clamor de João era para arrependimento dos pecados e nova vida e entendimento, quando Jesus pede para ser batizado ele não aceita fazê-lo, porque via n'Ele alguém que não tinha de que arrepender-se, e ainda acrescenta: "Eu careço de ser batizado por ti, e vens tu a mim? " (Mt 3:14). Contudo, para que se cumprissem as escrituras, ele teve de fazê-lo (v 15).

No relacionamento entre Jesus e João Batista, vemos a segurança de João sobre a pessoa de Jesus, quando já no dia seguinte, depois do batismo, ele vê Jesus aproximando e novamente exclama: "Eis aqui o Cordeiro de Deus" (Jo 1:36), e imediatamente dois dos seus discípulos seguem a Jesus (v 37), e João não encontra nenhum motivo para contestá-los ou repreendê-los. E isto já começava a ser, provavelmente, abril do ano 27, por ocasião da festa da páscoa, o momento escolhido por Jesus para manifestar-se (Jo 2:13-17).

Por um breve espaço de tempo parece ter havido como uma rivalidade entre Jesus e João Batista, ainda que a rivalidade não procedia deles (Jo 4:1-30). Isto se deu pelo fato do ministério do Senhor Jesus estar sendo, inicialmente, implantado na judéia, mesma região onde estava João , sendo que este ministério inicial de Jesus durou cerca de 9 meses (Jo 2:13 - 4:3).

c) Onde Jesus esteve dos 12 aos 30 anos?

Reposta: trabalhando como carpinteiro, auxiliando o “pai” José no seu ofício: Mc 6:3 – Mt 13:55.

d) Jesus, apesar de ter pago impostos, não tinha esta obrigação: 1º Sm 17:25 – Mt 17:27

e) Jesus Sacerdote Eterno. Ele era judeu, portanto não podia ser sacerdote, visto que da tribo de Judá não se podia levantar sacerdote. Assim Deus já o tinha previsto e preparado para ser um sacerdote diferente. Sacerdote Eterno segundo a ordem de Melquisedec. Veja os textos de Gn 14:18 – Sl 110:4 – Hb 5:6-10 – 6:20 – 7:11-17

f) Jesus Cordeiro e Jesus Leão. A Palavra traz a figura de Jesus como Cordeiro porque este animal tem a característica da mansidão e humildade que Jesus precisava para o exercício do ministério. Além disto, temos de lembrar do sacrifício oferecido por Abel, e igualmente o sacrifício feito pelo próprio Deus em favor de “esconder” a nudez de nossos primeiros pais Adão e Eva. Igualmente traz Jesus como Leão, visto que Jesus precisava despontar como o grande Rei dos Judeus, cumprindo-se assim a profecia contida em Gênesis 49 dita pelo próprio pai Jacó.


JESUS CRISTO: PROFETA, SACERDOTE E REI

A Palavra de Deus apresenta um único homem, isto em toda a história da humanidade, e, em particular história bíblica, que ocupou o papel tríplice de Profeta, Sacerdote e Rei. E não só o fez, mas continuará a fazê-lo. Isto com raras variantes, como no caso de Melquisedec, que, aliás, é um dos tipos do próprio Senhor Jesus.

Vejamos:

O PROFETA: “O SENHOR teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis”. Deut 18 : 15 (palavras de Moisés a respeito de Jesus);

O SACERTODE:Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Isaias 53:4,5 (palavras do Profeta Isaias a respeito do sacerdócio de Jesus);

O REI: “ Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Do aumento deste principado e da paz não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar com juízo e com justiça, desde agora e para sempre; o zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto.” Isaias 9:6,7

Aqui pode ser verificado o conteúdo da carta aos Hebreus capítulos 4 ao 8.



OFÍCIO SACERDOTAL DE CRISTO:

“KOHEN”: significa “servidor eclesiástico” (1Re 4:5 – 2Sm 8:18,20-26). Esta palavra sempre indicava alguém que ocupa posição honrosa, e de responsabilidade e que estava revestido de autoridade sobre outros.

“HIEREUS”: no NT esta palavra indica originalmente “um ser poderoso”, e mais tarde “uma pessoa sagrada”, “uma pessoa dedicada a Deus”.

Ambos, Profeta e Sacerdote recebiam de Deus o seu encargo (Dt 18:18 – Heb 5:4).

O Profeta era levantado para ser o representante de Deus junto ao povo, para ser seu mensageiro e interpretar sua vontade.

O Sacerdote era o representante do homem junto a Deus. Tinha o especial privilégio de aproximar-se de Deus e de falar e agir em favor do povo.


AUTOR:

Pr. Dr.Dhennis Wheberth

(autorizo a cópia com a devida citação do autor)

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